o buraco é verde
e com esperança
traz bagagem para ficar ....
de quando em vez a solidão desaparece ..mas deixa-o lá
marco do seu lugar
quando está sozinho...
quando ela saiu por momentos
ele fica mais seguro de si ...
pinta-se de cores
e não há como o encher...
ali fica
pacientemente
esperando que a solidão volte
está quase a chegar
e quando volta
fica e pesa....
duma cor de esperança... palidamente gritante
o buraco...contrasta com a solidão que é parda
complementam-se num paradoxo incontornável
vão viver os dois felizes para sempre
em qualquer lugar
sempre mudando de poiso...
sempre a mudar de coração ...
como vampiros
espelham-se
esfomeados de sentimentos perdidos
alimentam-se de tudo o que encontram dentro de vísceras moribundas
gostam de emoções fortes....essas....
têm um outro paladar
comem tudo
remexem-nos a casa toda ...
apoderam-se de nós
assim
num rápido instante.....
quando damos por eles ...
nunca os sabemos arrancar
trazem bagagem para ficar
de tão instalados
de tão presentes
são pesados
frios ...
arrefecem-nos
misturam-se e aquecem-se no nosso calor ...
sugam-nos...
parasitas
...
larápios
e tão cobardes ficam
escolhem o mais fácil
o mais frágil
o inseguro
seguram-se , abraçam-se
em desespero
ardentes
absorvem as nossas verdes esperanças
em incertos coloridos
abraçam-nos
confortam-nos no medo do seu abismo
Teresa Maria Queiroz
Foto / Janjan Pais
http://bocadosdetudo.blogspot.com
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3 comentários:
é por "isto belo, belo" que gosto de vir aqui! :)
Minha querida
um lindo poema, retratando momentos de vida, adorei.
Beijinhos
Sonhadora
Amai teu texto bj
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