Naquela altura eu misturava tudo.
Fazendo da vida uma enorme flor que ainda não tinha decidido a sua cor.
tinha ido para viver e não para ir morrendo ...
Naquela altura, eu não sabia como era essa flor, não lhe tinha ainda escolhido nem a cor, nem a forma,
e seria em forma de bola cheia.
Depois de mais um dia , e de meia noite , passadas contigo,
embrulhava-me em lençóis, e chorava sem ninguém ver a tua partida .
Ias suster a respiração até ao dia seguinte, até um dia qualquer ...
Era assim todos os dias, naquela cidade que não era a minha.
Tu chegavas e partias, nunca prometendo ficar, não pensei que não acreditasses em mim, nem sabia que não te passava pela cabeça, que também tu podias amar.
Ciente só da minha força que me parecia imensa , fiquei por ali naquela cidade calorenta.
Naquela cidade , onde se encontra a mesma pessoa na rua, duas ou três vezes por dia.
Estranhamente habituava-me a tudo, só alimentada de esperança , a mente comandava e afastava todos os medos , não querendo definir a cor de nada.
E via rosas misturadas com bolas, via tudo sem limites,
vivia assim...
Naquela noite tudo foi estranho
naquela noite encontrei-te nervoso...
naquela noite parecias fugir de qualquer coisa
naquela noite parecias fugir de qualquer coisa
naquela noite eu não percebi nada, e mais uma vez, enrosquei-me na dúvida que me aconchegava
nem percebendo porquê...
já a dormir, toca o telefone
"olá sou eu... "
"já chegaste , está tudo bem "
"sim está .... "
só isto, não mais que isto.
"sim está .... "
só isto, não mais que isto.
Não dormi mais, vi começar a clarear através das cortinas fechadas
senti o calor do dia que começava a chegar.
Senti a preguiça cansada de não dormir, a cabeça vazia sem saber o que pensar , sem saber o que engendrar para aquele novo dia
quente...
para aquelas horas de esperança e de imprecisão,
não sabendo se , e quando chegarias ...
levantando-me, já com o calor instalado naquela cidade a Sul
Senti a preguiça cansada de não dormir, a cabeça vazia sem saber o que pensar , sem saber o que engendrar para aquele novo dia
quente...
para aquelas horas de esperança e de imprecisão,
não sabendo se , e quando chegarias ...
levantando-me, já com o calor instalado naquela cidade a Sul
esperei sentada.
(post de 2009)
Quadro de Horácio Queiroz
8 comentários:
E enroscar-me na dúvida...
Lindo!
Bom fds
Angel
Hoje ofereci as cores da minha paleta
A uma amiga na sua dor
Ouvi seu choro ao meu ouvido
No fatalismo do desamor
Hoje o sono acordou-me
A nostalgia agitou suas asas cinzentas
Esqueci no acordar o ultimo abraço
E contei as nuvens que eram tantas
Doce beijo
Hoje ofereci as cores da minha paleta
A uma amiga na sua dor
Ouvi seu choro ao meu ouvido
No fatalismo do desamor
Hoje o sono acordou-me
A nostalgia agitou suas asas cinzentas
Esqueci no acordar o ultimo abraço
E contei as nuvens que eram tantas
Doce beijo
Depois de uma bela escrita, Ana Carolina?
Bahhhhh!!!!!
observador !!! lol
nem tudo é perfeito .... hehe
mas ana carolina é giro !! :)
beijo
Angel : enroscada na dúvida quase que me consigo aquecer ::)) bj
Há período muito maus... a dor invade o coração... mas cabe-nos a nós seguir em frente e curar as feridas do coração.
Boa sorte
Há períodos terríveis, não há.
Só apetece mm é enrroscar os lençois à volta do pescoço... eu sei.
As feridas parecem não querer sarar e o tempo não passa...
Bj
Ana Carolina faz-me lembrar de uma namoradinha que tive no oitavo ano...hummm :-)
Beijo Teresa
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