Se vejo uma flor imensa, num fogo cuspido para o ar que queima tudo à sua volta.
Se sinto a minha força nessa enorme flor
Siderada na sua cor amarela, cega por essa refulgente luz, não vejo mais nada.
Se sei que este fogo queima mais do que qualquer outro
Se sei que este fogo queima mais do que qualquer outro
Se já o provei e entrei, se quero entrar novamente de frente nesta fogueira que grita por mim...
Se quero entrar e cair, para voltar a cheirar o odor dessa enorme flor
antes que desapareça e se transforme só em fumo.
Se desejo sentir o toque do desfolhar de cada pétala, que se forma nas ondas de fogo matizado de amarelo vivo.
Se estou louca....
São coisas minhas.
Se não me atemoriza sofrer as queimaduras desta flor ardente.
Chagas que não saram nunca, deixarão marcas gravadas na minha cara, no meu corpo, na minha vida...
Visíveis até a quem nunca nada vê.
Se a belíssima flor de fogo me vai marcar para sempre, e depois morrer comigo perpetuada outra vez em mim...
Visíveis até a quem nunca nada vê.
Se a belíssima flor de fogo me vai marcar para sempre, e depois morrer comigo perpetuada outra vez em mim...
Se desejo entrar nessa fogueira que conheço e certamente me queima...
Entro...porque...
Se estou louca... são coisas minhas.
Se estou louca... são coisas minhas.
Se não tenho medo dessa dor, ou do ardor do fogo que me vai tornar nas cinzas, que um dia vão poder voar sem aprender, entro!
Não peço a ninguém que salte esta fogueira comigo.
Não pedirei que mergulhem de cabeça nesta ardente flor.
Não chamo ninguém, porque ninguém me vai ouvir, porque não quero que me oiçam crepitar...
Se estou louca...são coisas minhas...
Se sou livre de entra e cair, a culpa será minha...
Se estou louca por me “esbrazear” outra vez, é só uma coisa minha.
E morro, sem nunca te explicar o que passou pela minha cabeça.
Se estou louca...são coisas minhas...
Se sou livre de entra e cair, a culpa será minha...
Se estou louca por me “esbrazear” outra vez, é só uma coisa minha.
E morro, sem nunca te explicar o que passou pela minha cabeça.
E queimo-me em chamas de pétalas de flor, sem nunca saberes o que dentro de mim floresceu todos os dias.
E morro, a pensar que não sei o que pensas...
E morro, a pensar que não sei o que pensas...
Sem saber se também tu, não tens medo desta bela e enorme flor de fogo, cuspida assim dentro duma beleza que só eu consigo ver
E sozinha, desfolho esta flor em que entro e me queimo.
se estou louca...
se estou louca...
é coisa minha...só minha...
E se só vejo a vida, desfolhando-a
E se só vejo a vida, desfolhando-a
rasgando e abrindo
pétala a pétala dessa flor ardente.
pétala a pétala dessa flor ardente.
vivo...morrendo.
Se estou louca, são coisas minhas, tão só minhas...
Se estou louca, são coisas minhas, tão só minhas...
Teresa Maria Queiroz/ Abril 2009/ obrigada Zé pela fantástica foto
7 comentários:
E cada um com a sua loucura...
Beijinhos
Angel
Excelente texto.
Muito boa a versão Pretenders de "Creep".
Que seja loucura salutar!
Bj*
Se a loucura é assim, sê louca à vontade.
Conserva e alimenta essa loucura...
Nada é mais sensaborão do que a lucidez.
É esse fogo que alimenta os dias, dá aroma aos nossos dedos e faz voar a nossa imaginação...
Sê flor e fogo!
Beijo grande
Se a loucura dá origem a textos tão lindos, bem -vinda loucura!
Bjs
texto hermético e profundo de uma escritora com talento!
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