sexta-feira

ALICE NADA SABE último capítulo

Alice vive hoje, fechada, ela mesma, numa concha dura que foi construindo em torno dela ...sem saber, sabendo... durante anos.
Emaranhada nos seus fios fininhos, vai-se deixando estar, ainda sem força para os quebrar.
Não fala de André com ninguém, só porque ninguém concebe como Alice ainda pode sentir amor, depois de tudo e apesar de tudo. 
Só ela julga compreender o que nunca conseguiu.
Fica em silêncio, alimenta-se dum passado que foi, com medo e saudosa, não quer prever nenhum futuro.
Depois de ter deixado André, depressa voltou para junto da sua família , por não suportar mais a solidão naquele andar alto que à pressa arrendou num bairro qualquer de Lisboa.
A solidão vive hoje balançando-se no seu buraco branco, num enorme palácio de sonhos nunca entendidos e já acordados. 
A solidão balança-se feliz, hospedou-se dentro de Alice, devagarinho, sedimentou o lugar e passeia-se nas amplas divisões que construiu só para ela.
Alice perdeu para o passado a casa grande de Alcochete, e já não avista as luzinhas do outro lado do rio.
Não quer esquecer o navio sem vapor ,que um dia ancorou na lezíria do Tejo. Recorda o desembarque dos piratas de rio, pensa que tudo pode ser verdade, e incompreensivelmente, ainda espera que lhe apareça outra vez o seu mitificado homem alado, assim por artes de magia.
Alice ainda quer acreditar no que se tornou impossível, sonha que nada existe.
Ganhando poucas batalhas, perdeu a difícil guerra do amor. Um sentimento que ela sempre lotou para perceber e que só existiu numa fantasia constante, alimentada por magias hábeis do seu fantástico homem alado.
Ninguém era igual a André.
Hoje, Alice quer voltar a acreditar que tudo vale a pena por amor, e que só por amor lhe valeu a alma. Ainda gosta de pensar que tudo foi sentimento, sem explicação, tenta encontrar explicações arrumadas nas suas "gavetinhas".
E sabe , tão bem,que quem ama nunca despreza, e aprendeu que só se consegue amar quando nos conseguimos amar a nós .
E neste novelo de sentimentos, Alice sabe que durante tanto tempo, não se amou, não se soube amar e soube amar como ninguém.
Nesta insensata contradição, acredita que amou para além do possível.
Tantas vezes ridícula... tantas vezes sem nexo...
Julga conseguir entender André, e mesmo nos seus segredos mais recônditos encontra sempre uma qualquer explicação para uma qualquer atitude . 
Já sabendo a razão, entristecesse-se na sua impotência , face ao que sabe e não consegue.
Alice nunca poderá mudar André.
André não se sabe amar, e por isso não amou mais ninguém. 
Não amou só por não o saber.
Alice, deixou de se amar, para poder amar André.
Pensa que o amor não se entende, não se explica, não é lógico e não se enquadra em quase nada .
Hoje sabe que o amor é muito mais que isso, mesmo não sabendo quanto é.
Alice deixou de sorrir com o seu sorriso aberto, deixou de gargalhar as sua esvaziantes gargalhadas. J
Já não rodopia como um girassol que procura a luz brilhante do Sol, que lhe dá vida , que lhe dá cor.
Alice , quieta , escurece-se .
Transbordando dessa espécie de amor, que não teve tempo de dar a quem nunca o quis receber, gosta de pensar que um dia ainda o pode entregar. A um mágico que poise no beiral da sua varanda, e que, esse sim, já tenha aprendido a voar, e na sua sabedoria a possa ensinar sem medo .
Alice já não sabe quase nada de André.
Procura-o por todo lado, de todas as formas. 
Como quem corre atrás do que não entende , só com medo de nunca mais se entender a si mesma.
Sabe que André ainda quer voar, mas não sabendo como nem para onde.
Alice não quer acreditar que exista um final, não quer acreditar que esse amor tenha terminado, e não quer pensar que tenha sido tudo... menos amor.
Anos intensos, vividos numa corda bamba, onde o equilíbrio era sempre encontrado por ela.
Alice, hoje deixa-se cair sem rede e sem o apoio dos braços dum trapezista que desiste de balançar.
Soube que André voltou para Faro.
Adivinha que continua igual a si próprio, e está certa , que ela nunca mais será a mesma. 
Só porque este passado edificou um muro grosso de angústia, que só com uma enorme e renovada esperança, vai conseguir atravessar , um dia ...
Movida como um autómato, Alice continua a tentar normalizar-se todos os dias. 
Está feliz por estar com Vasco, que segue seu caminho na sua jovem vida. Alice encoraja-o a seguir e a lutar por tudo o que acredita, com todas as armas que tem, tal como ela sempre o fez. 
Ensina-o , como sabe, a nunca desistir dos seus sonhos. 
Continuam com as suas intermináveis conversas, sobre tudo o que a liberdade quer dizer.
Mas de amor, Alice já não lhe consegue falar, porque não o compreende, porque não sabe nada do amor e nada tem para ensinar. 
Não entende o que viveu, nunca suspeitou que sempre viveu sozinha, desde o primeiro grito mudo que André lhe lançou.
Hoje, Alice não sabe e não quer falar de amor.
E por toda esta insanidade de sentimentos embrulhados, não sabe falar de amor com o seu filho. Acredita que um dia, ele passará, inevitavelmente, por experiências que não compreenderá.
Hoje, Alice sabe tudo de bom e de mau que o amor pode ter, e acredita que só vive quem já viveu um amor assim, quem um dia , já sentiu assim.
Continua a amar André, tal como o amou desde o primeiro som, e mesmo sem saber se lhe poderá chamar assim.
André cortou todo o contacto com Alice, gritando-lhe assim, silenciosamente, que nunca mais a iria ver.
Alice acredita que ninguém pode cortar todos os laços com quem ama. Já pensou que estava doente de amor, já pensou que se pode morrer de amor...
O amor adoeceu gravemente, e preso por fios fininhos, vai rasgando o seu coração como um tecido apodrecido.
Já lhe disseram que podia ser doença incurável, mas só Alice sabe o que sente, quando fecha os olhos e se transporta para momentos do passado...breves momentos... nessas alturas, imagina-se a viver.
Só ela sabe o que o passado construiu tão solidamente e que nada , nem ninguém, nem ela própria conseguirá destruir.
Mais ninguém sabe , e ninguém pode saber.
Alice pensa que André vai tentar voar novamente, e nunca o vai conseguir porque não sabe  e não quer aprender a ser livre...Alice já quase nada pode fazer.
Alice sabe que André quer voar nas asas de alguém, e sabe porque viu, quase sem querer, um novo grito mudo com o som de André, no monitor escuro do seu computador 
"learntofly"
E todas as noites, Alice se despede de André, em silêncio; fechando os olhos salgados de lágrimas. Desejando no seu mais profundo pensar, que desta vez... 
André aprenda a voar, mesmo sem nunca se conseguir amar.
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O QUE SEI HOJE

No início tudo era encantador e inexplicável. 
Qualquer coisa mágica, deslumbrante na sua envolvência.
Apaixonei-me por André quase imediatamente,. Amoroso e sedutor, encantava-me com um amor cheio de superlativos. Um sentimento que não sabia existir, começou assim...
A intensidade com que me envolvia, mantinha-o inculpável de qualquer coisa, mesmo quando , mais tarde, começaram a surgir as dúvidas e as bizarras atitudes, que eu não estava habituada a entender.
André, mesmo sem se aperceber que o fazia, abraçava-me numa doce manipulação amorosa.
Enfraquecia-me e assustava-me habilmente. 
Alimentava ,duma forma estranha, o meu sentimento de perca eminente. Esse sentimento que eu nunca consegui anular.
Como num contrato qualquer...que nunca foi assinado...
Intimamente eu "contratei" amor...André assinava um "contrato" num porto seguro.
E mesmo fazendo tudo para agradar , subtilmente, André convencia-me sempre que era eu , a culpada d todo o seu mal estar.
As sua explosões de humor paralisavam-me, e eu pensava sempre que alguma coisa errada eu teria feito...
Eu culpava-me sempre, mesmo ouvindo o seu silêncio. 
Passei a medir as palavras, andava sobre gelo fino com medo de cair e partir.
Passei a não saber sorrir , aqueles meus sorrisos que se prendiam à cara mesmo sem eu dar por isso .
André, sem saber, desqualificava tudo, e impedia-me de perceber o quanto estava a destruir a minha auto estima. 
Nada esta claro para mim, nunca...
Eu não sabia que era assim que se vivia com André, nem sabia como era, e só o soube depois de tanto tentar querer entender.
Tantas vezes não me reconheci em mim, deixei a minha liberdade esquecida, arrumada em qualquer sítio, sem nunca pensar que um dia a teria que voltar a encontrar.
Era tão lógico , o que me dizia... por vezes parecia lógico... Tantas vezes se interessou pelo meu bem estar, e eu afundava-me sem medo num pantanal de emoções, no qual mergulhava lentamente.
André, só queria que eu lhe demonstrasse , cada vez mais...e mais, o meu amor por ele, numa confusa sofreguidão.
Cheguei a acreditar que só eu conhecia André, mais ninguém o podia conhecer como eu.
Nunca , ninguém o conseguiria entender, um dia .
André, entre desculpas, tornava-se magicamente , no mesmo homem alado , o mesmo que eu me lembrava..aquele que poisou na pontinha do meu pontão , no beiral da janela. Amava-me com todo o seu ser, parecia não ter consciência do que fazia e me atormentava, e não reparava na minha dor.
Sei hoje, que todas as suas inexplicáveis atitudes, podem ter origem numa família que se desmoronou. Numa adolescência triste e sem amor, e sem o carinho que ambicionou ter quando criança... podia ser...
André sofria agora, duma forma irracional, aquilo que psicologicamente desconhecia.
André oprimia o amor que me dava, como sendo a única forma de controlar os meus sentimentos.
Oprimia e libertava...só ele, tinha esse poder.
E hoje, André tenta atenuar, da pior forma possível, a dor que nunca o deixou.
Procura , desesperadamente, ser amado por alguém. 
Continua a desconfiar de tudo e todos,porque nunca ninguém o ensinou a confiar, tornado-se assidram, incapaz de acreditar.
Nem pensa que possa existir amor, procura-o e pensa nunca o encontrar.André nunca conseguirá amar.
E eu, sem nunca conseguir entender, contribui como sabia, para que aquele raro amor nunca se esfumasse no tempo.
Esse tempo, que já tanto desconfiava de mim...
Apavorada com um final qualquer, nunca estabelecia limites claros, e fazia com que a minha própria atitude fosse diferente, dentro daquele sentir. 
Permitia-lhe tudo, André andava sem regras e sem condições.
De perto ou de longe, André comandava sempre.
Estranhamente , precisávamos um do outro, porque os dois acreditávamos que nos completa vamos, naquele absurdo padrão amoroso.
E dentro dessa espiral viciosa, eu sabia que um dia alguém teria que sair. Alguém teria que fechar a porta sem receio, com coragem para fazer tudo ao contrário do que sentia... um dia alguém teria que o fazer.
Vivia às escuras, numa relação insensata, dependente, doentia e torturara à qual não devemos chamar amor.
Sentia o vício do amor, compulsivo e corrosivo , como outra droga qualquer. 
Caminhava devagarinho, e a correr neste amor viciado; vivi a angústia e a dor nas ausências de André... tudo ...foi tão insuportável como qualquer outra abstinência... incontrolável...
Pensei e acreditei, que nunca mais poderia viver sem André.
A viagem alucinante que foi, não se compara a nada, e por isso. tudo tolerava. Mesmo conscientemente oprimida por André.
Mesmo acreditando que André não sabia o que fazia, continuava eufórica e assustadoramente dependente ... dos seus bocadinhos de amor, oferecidos... dum amor que quase desejo não lembrar... sabendo aquilo que me custa esquecer.
E sentindo todo o mal, que aquele sentir me fazia, Precisava de André como o centro da minha vida. 
Obcecada, André tornava-se a minha única razão... eu cedia, disposta a tudo, para pagar o preço daquele delicioso vício.
André continuava assim...
Sedutor, demasiado perfeito, como quem não pode existir.
Sei que me odiou, amando-me ao mesmo tempo. Tal e qual como fará com outro amor qualquer. Centrando todo o seu pensar, e si próprio...sei que desejou não ser assim.
Eu, só queria ser especial para André.
André conseguia fazer-me sentir especial e única naquele nosso amor irreal, aos bocadinhos...
Inconscientemente, André oferecia-me pedacinhos de Céu: desqualificava-me momentos depois...numa pressão psicológica sem nome e absurda.
Odiava ser contrariado. Com o tempo edificou o seu lugar dentro de mim, eu julga ter que entender...hoje sei que nada disto se entende.
Perdido e inseguro...assim continuará...
Como uma espécie de "vampiro" emocional, André sugou docemente, toda a minha energia. Deixava-me cansada ... e eu tudo fazia para continuar ao seu lado.
Entrou um dia , de rompante , na minha vida, seduziu-me e usufruiu de todo o amor que tinha para dar .... não o soube receber
E a minha, não declarada, codependência  ocorreu pela vontade de tomar conta de todos os seus problemas, mesmo aquele que André nem imaginava ter.
Ansiando por uma liberdade que a mim sempre me fez sentido, dependia do seu sentimento...sentia o que André quisesse que eu sentisse . 
Sei hoje, que esta espécie de amor, que conscientemente levei ao extremo, me conduziu e uma sofredora dependencia emocional, quase sempre desgovernada. 
Procurei magia, num homem alado que se tornou demasiado real para ser mágico.
Penso no sabor do seu beijo, vivo um sabor que , apesar de tudo, não quero esquecer.
Não sei avaliar o balanço, porque o amor não se balança em medidas. 
Não sei catalogar o que aconteceu , porque o amor não se encaderna em catálogos.
Não consigo arquivar tudo o que passámos, porque o amor não se arquiva em velhas pastas.
E como eu gosto de acreditar que tenha sido amor....
Mesmo sabendo que mais nada posso fazer, que não posso lutar com o que não conheço...
Nunca gostei de desistir...
Sei que de mim, André a desistiu, porque sempre desiste de tudo o que começa a  amar.
Nunca mais falou comigo, pensando que se pode apagar o passado, só se sobrevive a si próprio, até que a força lhe falhe...
Sofrendo, André vai seguindo aquele caminho que sabe seguir, sempre o mesmo andar...sempre o mesmo trilho. Andando de costas voltadas para a vida, caminha inseguro no seu passeio invisível, não adivinhando quando chegará ao fim.
Vai procurando, por ai, alguém que não o conheça e que o queira conhecer verdadeiramente. Alguém que lhe oiça o grito mudo, que o ensine a voar. Alguém que o segure, por momentos, nesse caminho tortuoso que insiste em pisar.
E hoje, igual a sempre,é sempre igual só ao que sabe ser.
Até um dia, desistir de si próprio.
Talvez um dia eu consiga voar outra vez, sem receio de nada.
Talvez um dia eu consiga soltar as minhas gargalhadas esvaziantes 
Talvez um dia eu volte a rodopiar como um girassol
Talvez um dia, eu saiba por aí que tu já consegues amar sem dor
Boa sorte André... um dia aprenderás a voar nas tuas asas
Um dia... não vais precisar de cortar as asas a ninguém 
Talvez um dia ....tudo, tenha sido só amor.

FIM




14 comentários:

Paulo Roberto Wovst Leite disse...

Belissímo, apaixonante, valeu muito acompanhar-te por estas linhas.
Abraços do Paulo.

Dαηiєłα ♥     disse...

adorei =)

Barbara disse...

BRAVO!

Bloguinho da Zizi disse...

Pode continuar...assim... que aqui estarei... te acompanhando.
Beijo

Moonlight disse...

Minha querida Alice,

Uma história verdadeira e muito real.
Muitas vezes as pessoas fogem do amor por começarem e terem medo de amar,nem sempre sabe lidar com esse sentimento,que as apavora quando saí do propio controle...e aí preferem fugir.
Só que se esquecem que magoam sempre outra pessoa.
Adorei seguir a história.Parabens.

Bj com luar

Sandra disse...

Ola!
Como é bom rever os amigos e matar a saudade..
Não há nada que pague este momento..
Hoje sai para visitar os meus amigos. Estou com muita saudades.
Só terei os finais de semana para fazer isso. Mas prometo sempre estar por aqui..Peço desculpa pela minha ausencia. Mas, mas muitas vezes precisamos nos afastar em função do trabalho. Falta o tempo. ele voa..Não espera. Mas, você que mora no meu coração, será sempre lembrado...
Amo vc. Amo a sua companhia.
Meus blogs amam a sua presença. Fico muito feliz por que vem.. Deixá sempre comigo, o seu amor e carinho Planta flores e semeia carinho.
Muito obrigada. VERDADEIROS AMIGOS..CONQUISTAMOS..AMAMOS..LEMBRAMOS E SENTIMOS SAUDADES!!!
Carinhosamente,
Sandra

Sandra disse...

Uma bela história, temos aqui. Parabéns...
Sempre aprendemos muito, com as experiências.
Sandra

Inês Dunas disse...

Minha querida Teresa, acompanhei a tua historia com atenção e muito carinho, como sabes! A Alice um dia, com toda a certeza, reencontrará o amor, não nos braços de um André, incapaz de amar, mas vestir-se-a de novos sonhos, em novos braços... Aquele amor, o q nos faz sentir assim, só acontece de facto uma vez, não por crueldade, mas porque não temos forças, por muito fortes q sejamos, para suportar tudo outra vez... Por muito q nos seja intolerável, diz-me a experiência, q amores assim, não são feitos para durar, na sua efemeridade têm o real valor, por isso se permitem ser tão intensos...
Mas existem outros amores, saudáveis, reciprocos, duráveis q nos abraçam pela vida fora... Aqueles q não nos despem de nós, q não nos deixam desalojadas, q não nos sugam como vampiros, q nos permitem amarmos-nos em simultâneo!
Certo é q vivemos sempre na esperança de encontrarmos o nosso conto de fadas, mas as princesas dos contos nunca envelheciam, porque os contos terminavam no auge daquele amor...
Beijinho em ti!
Adorei esta tua partilha!
Inês Dunas

Vitor disse...

Vai continuando...e já vou tendo saudades da Alice!

...E os Queen...e o Fredy.Saudades muitas.

Bj*

uminuto disse...

e voei nas palavras que aqui encontrei
obrigada pela visita que me permitiu descobrir este belo espaço
um beijo

Sonia Schmorantz disse...

Um final e tanto, e quantas relações há que são assim, uma dependência destruidora até que um veja e liberte-se...
beijos, ótima semana

continuando assim... disse...

obrigada a todos por seguirem ...pela vossa paciência :)
beijooo

Lilá(s) disse...

Gostei, cá estarei para a próxima´série...
Bjs

Tite disse...

Vivia às escuras, numa relação insensata, dependente, doentia e torturara à qual não devemos chamar amor.
Sentia o vício do amor, compulsivo e corrosivo , como outra droga qualquer.
Caminhava devagarinho, e a correr neste amor viciado; vivi a angústia e a dor nas ausências de André... tudo ...foi tão insuportável como qualquer outra abstinência... incontrolável...
Pensei e acreditei, que nunca mais poderia viver sem André.


A história da Alice está toda aqui.
Amor?
Vício?
Dependência?

Todas elas...

Talvez devido à minha idade, não consigo entender este tipo de amor tão destrutivo das boas emoções.

Fica a história para quem conseguiu, como eu, lê-la até ao fim, percebendo-se muito cedo que não passaria de um círculo vicioso em que presa e prisioneiro se sentiam bem... até um dia!

Beijosssss