terça-feira

com medo descompassado




E quando queres que se movimente outra vez
quando precisas urgentemente que bata
        que compasse
                  que vibre ...
                 que se oiça !
encontras o interior estático
preso
apavorado... tanto movimento anterior
sabes que não vives
sem o seu compasso
                  sentimento que 
                                              preso
                                                           morre
 antes de despertar outra vez
 preso e estático...
 cheio e imenso.
                             Sem saber o que fazer ...
                                       sabendo  que se assim não ficar
qualquer movimento pode
                                       poderá  fatalizar...
e ...
preso 
não amará outra vez...
               não querendo 
              o sinto estático...
com medo  baterá  descompassado
estático a correr.
                       Prendo-o.
Nunca aprendeu a andar 
ou  gatinhar
fica estático...
                        Solto-o
corre com vontade de explosão
olho-0 para o manter sossegado
e assim devagarinho  
                       Solto-te...

Teresa Maria Queiroz / Fevereiro 2010 
foto Conrrado Baratta  

7 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Lindo poema, gosto muito da forma como escreve.
Lindo

Beijinhos
Sonhadora

anf disse...

Lindo,
Espero que seja para breve, mas não percebi
beijoca

continuando assim... disse...

anf ... e não percebeste ... ???

bj

LBJ disse...

Aos poucos vai compassando como o tempo ;)

Fizeste-me recordar o Ian Curtis e outros compassos de tempo…

Beijos

Francisco José Rito disse...

Muito bom Teresa!

Uma beijoca e aparece la no tasco, sff...Desafio :-)

Wanderley Elian Lima disse...

Belo poema e video. Parabéns.
Beijos

Luz disse...

Gostei de mais um dos teus poemas, esta forma de colocar as palavras, o teu sentir aqui tão bem descrito para quem souber ler-te como aqueles que já te acompanham por aqui. E este vídeo, esta música, estes tempos, os anos 80, que saudades dos Joy Division e tantos outros da mesma onda que cresceram comigo e, tanto vivi este espírito, esta sonoridade, são infinitos os discos, ainda em vinil que tenho de todos eles.

Bjo de Luz